Washington Post TikTok VIRAL sobre o artigo do projeto.

O rio Amazonas é mais longo que o Nilo? Uma equipe de exploradores internacionais está planejando uma viagem por todo o rio Amazonas para documentar sua geografia e biodiversidade. Liderada pelo explorador brasileiro Yuri Sanada, a equipe percorrerá todo o rio de caiaque na próxima primavera – algo que foi feito menos de 10 vezes na história.

@washingtonpost

Is the Amazon river longer than the Nile? A team of international explorers are planning a voyage down the entire Amazon river to document its geography and biodiversity. Lead by Brazilian explorer Yuri Sanada, the team will kayak the entire river next spring—something that has been done fewer than 10 times in history.

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Chegando a um milhão de visualizações, bem acima da média do TikTok do WP:

Expedição será importante para desenvolvimento tecnológico, ambiental e educação

A produtora audiovisual e ambientalista Vera Sanada entrevistou Victor Mammana, doutor em Física pela Universidade de São Paulo (USP), membro do Conselho Técnico da Expedição RIO AMAZONAS DO GELO AO MAR. Victor conversou sobre sua carreira, projetos realizados, ambições e, claro, sobre a expedição. “Ciência é a compreensão que o outro constrói sobre o crescimento de alguém”, disse Mammana. Confira alguns momentos:

Vera Sanada: Como é que começou a sua história na Física?

Victor Mammana: Acho que eu sempre quis ser físico. Desde pequeno dizia isso… Na verdade, comecei dizendo que queria ser inventor. Sempre fui curioso, gostava bastante de matemática, essas coisas e, também, o exemplo do meu pai e da minha mãe que influenciou bastante. Minha mãe é física e meu pai engenheiro, ou seja, foi uma coisa que acabou sendo presente na minha vida.

Vera Sanada: Recentemente, deslocou-se um iceberg que está vagando pelos oceanos. É possível fazer uma previsão anterior a um acontecimento como este?

Victor Mammana: Esse é o papel do CEMADEN (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais). Acompanhamos o clima, a previsão meteorológica e temos uma rede observacional de pluviosos pelo Brasil inteiro; inclusive uma das minhas atividades como pesquisador foi coordenar a implantação dessa rede. É possível prever, mas uma coisa muito importante é o seguinte: quando você faz um alerta de um desastre, existe uma margem de erro, então, é preciso educar as pessoas a interpretarem o alerta e a entenderem o que precisam fazer com esse alerta. É muito importante fazer esse alerta antecipado e, também, preparar as pessoas a responderem a isso.

Membro do conselho técnico da Expedição RIO AMAZONAS DO GELO AO MAR, Victor Mammana

Vera Sanada: Animado com a Expedição RIO AMAZONAS DO GELO AO MAR?

Victor Mammana: Sou um grande fã do trabalho de vocês. Esse projeto, além de todo conhecimento tecnológico que gera e, também, o conhecimento da parte ambiental sobre a realidade do Rio Amazonas, tem potencial de ser um instrumento de educação. O que me fascinou foi a ideia do Yuri, a possibilidade de levar para o ensino fundamental. Quando ele trouxe essa ideia eu já perguntei: “Nossa, Yuri, o que eu posso fazer?” É uma proposta muito bacana… Uma solução tecnológica para transporte (em relação ao barco sustentável Guaracy). Uma das coisas mais importantes é a possibilidade de se comunicar com jovens do ensino médio, da escola técnica, e, também, levar, em tempo real, o expedicionário que está no meio do Rio Amazonas para dentro da escola pública. É uma grande oportunidade de o Brasil conhecer mais de si mesmo e sobre seus desafios ambientais.

Revista AramcoWorld publica matéria com participação de Yuri Sanada.

A Revista AramcoWorld de maio/ junho, da Arábia Saudita, distribuída para assinantes de 125 países, traz em sua capa matéria com o líder da Expedição RIO AMAZONAS DO GELO AO MAR, Yuri Sanada, único brasileiro participante da Expedição Phoenicians Before Columbus, em que navegaram do Norte da África aos EUA a bordo de uma réplica de um barco fenício de 600 a.C., provando que povos antigos africanos e do Oriente Médio podem ter chegado às Américas muito antes dos descobrimentos oficiais europeus. “Era como uma passagem só de ida. Você só pode navegar com o vento atrás de você. Não havia como voltar atrás”, comentou Sanada.

Mais informações no PDF ou no link:
https://www.aramcoworld.com/Articles/April-2021/Could-Phoenicians-Have-Crossed-the-Atlantic

Foto de Yuri Sanada.