XP debate perspectivas para o futuro da Amazônia.

Os produtores executivos e idealizadores da Expedição AMAZÔNIA DO GELO AO MAR”, Yuri e Vera Sanada, ficaram de olhos vidrados no computador durante o EXPERT ESG 21, três letras que significam EnvironmentalSocial and Governance, ou seja, meio ambiente, responsabilidade social e governança corporativa, evento organizado pela XP Investimentos, plataforma de investimentos do grupo XP Inc. “Especialistas mostraram a importância e relevância da Amazônia dentro do contexto ambiental. A Amazônia é fundamental para que o mundo consiga atingir as metas traçadas no Acordo de Paris, que visa a redução de gases estufas para conter o aquecimento global”, comentou Yuri, acrescentando que a floresta pode ser um hub de oportunidades e de geração de valor para todos que estão em seu entorno.

Marina Grossi, presidente do CEBDS (Centro Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável), lembrou que a Amazônia produz 20% de toda água doce do planeta e cada vez mais vai influenciar a nossa economia. “A Usina de Itaipu precisaria operar 145 anos na capacidade máxima para dar vazão à mesma quantidade de água que a Amazônia evapora em apenas 24h”. Ela mostrou números impactantes: R$ 2,8 trilhões podem ser adicionados ao PIB brasileiro caso os investimentos sejam direcionados para uma economia mais verde. Isso representaria um crescimento de 38% em relação ao PIB de 2019, que foi de R$ 7,3 trilhões. “É como incorporar uma Argentina aos recursos do Brasil”, comparou Vera Sanada. Estas informações fazem parte do estudo “Uma Nova Economia para uma Nova Era”, desenvolvido pelo WRI Brasil, com a UFRJ, ex-ministros de finanças do Brasil, executivos do Banco Mundial e a iniciativa global New Climate Economy, que busca apontar caminhos que aliem o desenvolvimento econômico com o combate ao aquecimento global. Para Mariano Colini Cenamo, fundador e diretor do IDESAM (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia), precisamos iniciar um processo de atração massiva de bons empreendedores para fazer negócios a partir da preservação e restauração da floresta amazônica. “É necessário aumentar a fiscalização, reduzir as queimadas, investir em regularização fundiária, interromper processos de grilagem que se espalharam muito nos últimos anos, apoiar comunidades e povos indígenas, isso a curto prazo. Desafios para se investir: questões básicas, logística, energia e comunicação.”

“Quando a floresta está em pé gera mais renda, mais benefícios, mais conhecimento, atrai mais tecnologia e ainda presta um serviço que a gente chama de ecossistêmico que cada vez mais terá valor. A precificação de carbono já é uma discussão no Brasil e no mundo inteiro. Cada vez mais isso será uma fonte de valor e investimento e que preservará não só a Amazônia mas o Brasil inteiro”, pontuou Denise Hills, Diretora Global de Sustentabilidade da Natura.

A lista de palestrantes foi de escritores a CEOs, impossível de assistir tudo nos três dias de evento, mas as palestras estão disponíveis em  https://www.youtube.com/playlist?list=PLMl5SicO7iPAEy9avAxdzRRJb2KKCGy18.  O evento contou com nomes como Yuval Harari, historiador e autor do best-seller Sapiens – Uma Breve História da Humanidade; John Elkington, especialista em sustentabilidade e conhecido mundialmente como “o pai da sustentabilidade”; Fiona Reynolds, CEO do Principles for Responsible Investment/PRI; Jean Case, diretor da National Geographic Society; Luiz Trajano, presidente do conselho do Magazine Luiza; e Rachel Maia, fundadora da RM Consulting e presidente do Conselho Consultivo da Unicef.

Palestra de Yuri Sanada para o Explorers Club.

O produtor e diretor do projeto, e líder da expedição Yuri Sanada deu uma palestra para o exclusivo NY Explorers Club, sobre seu projeto anterior, a Phoenicians Before Columbus Expedition.

Yuri Sanada é o único fellow member brasileiro do NY Explorers Club. O único membro brasileiro aceito anteriormente foi o Marechal Cândido Rondon, eleito membro honorário por indicação do Presidente Roosevelt em 1925, e indicado pelo Explorers Club para o prêmio Nobel da Paz em 1957.